Histórico da Bauernfest
Desde o início do século XX, filhos e netos dos primeiros colonos organizavam pequenas quermesses em casas e barracões, no bairro Fazenda Inglesa. Eram iniciativas que pretendiam promover um retorno às origens, com música, dança e os tradicionais pratos da culinária germânica. Contudo, em 1983, surgiu a ideia de transformar a iniciativa em uma festa que pudesse levar a todos o conhecimento da história e tradições dos colonos em Petrópolis. Assim, naquele ano, o primeiro evento foi realizado, por três dias, com o nome de “Festival Germânico”. O local escolhido para a festa era simbólico: os arredores do Palácio de Cristal, onde está afixado o cruzeiro que demarca a chegada dos pioneiros.
O local era um ponto habitual de reunião das famílias alemãs, que ali realizavam jogos, brincadeiras e piqueniques no final de semana, inclusive por reportá-los a uma outra referência afetiva: o nome do local, Praça da Confluência – assim chamada por ser o ponto geográfico de reunião entre os rios Quitandinha e Palatinado – faz alusão à outra famosa praça alemã onde também se encontram dois importantes rios, o Rhein e o Mosel: a Praça Koblenz (em português, “Confluência”).

Bauernfest no ano de 1990.
A partir de 1990, o Clube 29 de junho e demais organizadores estabeleceram uma parceria com a Prefeitura de Petrópolis, através da Petrotur. O incremento e profissionalização do evento levaram ao seu crescimento exponencial. Desta forma, o antigo Festival Germânico alcançou o formato da atual Bauernfest: um evento de grande importância para o calendário turístico e cultural do estado e do país; com identidade definida; que a cada ano inclui inovações que atraem novos visitantes, bem como seu público fiel.
O nome da festa é uma em homenagem a um dos fundadores do Clube 29 de junho, o historiador Gustavo Ernesto Bauer, também criador do Museu “Casa do Colono”, instituição cultural cuja missão é preservar e difundir o legado da cultura germânica em Petrópolis. Bauer significa agricultor em alemão. Assim, o nome da festa guarda também essa relação com os trabalhadores rurais. O incentivo à imigração estrangeira em Petrópolis era para construir colônias agrícolas, por isso esses trabalhadores se chamavam colonos (esses imigrantes com contrato de trabalho para desenvolvimento da Colônia).